Certas perguntas não valem a pena serem respondidas

Existem algumas perguntas que eu me nego a responder. Afinal de contas, a obviedade da resposta seria tão.. tão... óbvia (dã) que chega a dar um tom de estupidez na resposta.

Por exemplo:
(Mina convesando com um Zé Ruela qualquer)
-Jogando boliche, eu fico de quatro.
-hum... Eu imagino você de quatro no boliche...
-Oras, eu fico de quatro de muitas maneiras!
-Entendo, mas não diga isso em voz alta.
-Por que?

Responde aí sem parecer um elefante numa loja de cristais. Se conseguir, isso sim, que é uma sutileza do caral...

Er... bem, voltando, existem outras perguntas. Imagine a cena, você voltando da pescaria, sozinho, com um balde cheio de peixes. Vem alguém e pergunta:
-Nossa, você pescou tudo isso sozinho???

Dá vontade de dizer "Não, são peixes suicidas!". Pior ainda é quando você diz que um cachorro da raça, digamos, dálmata. Sempre tinha algum retardado que me perguntava:
-E como ele é?

A resposta era sempre: "Preto, com bolinhas brancas, com orelhonas, rabo estilo chicote e quatro patas."

E isso não vai até responder. As vezes, é necessário responder até determinado trecho:
-Gui, você vai almoçar agora?
-Não, se você quiser ir agora, pode ir.

A moça achou que eu estava dando ordens para ela ir almoçar. Pior foi no dia seguinte:
-Vai almoçar?
-Não.

Dessa vez eu era incomunicativo. Porra! Outro caso ainda é o "crássico":
-Quer refri?
-Não, isso detona o estômago. O que você acha?
(como responder depois dessa, eu não sei!)

Por isso, comecei a ficar quieto por mais tempo. Afinal, ninguém te chama de ignorante por isso e o silêncio é a coisa mais difícil de ser contestada