01 abril 2005

Eu tentei.

E ainda tem gente que diz que bebedeira é doença - pra mim é doença de gente sem-vergonha que não quer se curar. Uma coisa é um porre esporádico, semanal até. Desde que pago com seu dinheiro, que você batalhou pra conseguir, eu quero mais que se foda.

Tenho um exemplo vivo em casa de um alcoólatra. E pra mim, ele é o pior dos demônios. Podem me recriminar, criticar, xingar e me ameaçar, mas isso NÃO muda o fato de eu ter passado 15 anos sofrendo na mão de uma pessoa covarde que usa de uma fraqueza para atingir os outros - e, em especial, os filhos.

Meu pai. E o pior: ele semrpe enche a cara, se machuca, e não aprende, nem sequer procura ajuda. Apenas diz "Estou arrependido, vou nos A.A.". Mas fica apenas no discurso. E sempre que se arrepende, passa uma semana, e dá um jeito de arrumar dinheiro - ou pegando um que porventura esquecemos, ou vende garrafas... enfins, ele sempre dá um jeito!

Ontem a noite ele extrapolou os limites. Os meus limites, teje claro. Perdeu a memória. Ou diz que perdeu. Estava agressivo, não aceitava ajuda (e olha que nessa "amnésia" dele eu perguntei se tinha filhos ou era casado, ou se conhecia a minha mãe - passei a descrição dela - e a resposta foi não para todas) e ficava no meio da rua berrando por socorro toda vez que eu queria levar ele pra casa. Teve uma hora que deu no saco, ele fazendo escândalo na rua, correndo o risco de ser atropelado e piorar o estado da perna direita. Peguei ele e levei pra casa, à força. Resultado: o lado direito do meu rosto arranhado, e feio. Meu braço direito foi mordido e, por eu estar usando uma blusa de moleton grosso, ficou apenas uma marca. Por pouco ele não come um pedaço do meu braço, filho da puta. Minha perna direita está dolorida e meu joelho, tem hora que dá uns trancos quando eu dobro ele.

Amnésicos, sempre, quando perdem a memória, aceitam ajuda do primeiro que pintar na reta dizendo "Eu posso te ajudar". Ele não. O pior de tudo é que um amigo meu estava me ajudando a trazê-lo pra casa - do mesmo modo que eu; E apenas eu fui o alvo dos ataques do meu pai, e eu estava segurando ele por trás...
Quando conseguimos empurrar ele pra dentro de casa, ele ficou no portão batendo o portão e berrando por socorro.

Minha mãe que é enfermeira viu que a "amnésia" dele já havia passado, que ele estava apenas fingindo, soltou ele na rua. É, que nem cachorro que ele é. Bastou meia hora pra memória dele voltar. Estranho, não?

O que mais me revoltou é que ele perdeu algumas coisas dele. Como, por exemplo, a chave de casa. Cismou de culpar a mim e a minha mãe. Teve a pachorra de me acordar às 4 da manhã, sabendo que eu tinha que acordar cedo, para perguntar onde estava a chave dele. E começou a revistar meu quarto. Nem minha namorada faz isso. Nem minha mãe, que dirá ele - o modelo de pai ausente. Não satisfeito em ter me acordado, foi atarzanar minha mãe.

O mais cúmulo foi que ele deu um jeito de sair, disse que ia num médico e, 1 hora depois, voltou pra casa estando pra lá de Bagdá - Marrakecsh ficou meia hora pra trás...

Considerações finais:
1)Ainda bem levei ele pra vacinação anti-rábica, meu braço tá com um PUTA machucado.
2)Eu vou internar ele, teje ele querendo ou não;
3)Preciso descarregar o strees em algo;
4)Embora possa parecer, eu não acertei nenhum soco nesse desgraçado filho da puta;
5)Mais cicatrizes no corpo. E toca eu a falar a verdade e ser visto como o filho rebelde;
6)Ele fez aquilo tudo sem usar bengala;
7)Safadeza tem limte;

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