22 agosto 2004

Bancando o jornalista

Como já vou entregar ese trabalho na terça que vem, não vou me importar muito de falar a respeito dele aqui (mesmo por que eu duvido que qualquer um no colégio vá conseguir em dois dias o trabalho de uma semana). Essa semana para mim foi uma semana muito enroscada. Além do caos que tava em casa, tinha o caos da escola e o comportamento caótico de uma amiga enciumada e manipulada. Fora que baixou a louca nos professores e eles queriam trabalhos. 11 trabalhos, de cada matéria! Mais um e eu poderia fazer um post: "Os doze trabalhos de Guilherme".

Bom, pelo menos o de Biologia vai ser bem apresentado. Fiz um pequeno jornal (saiu caro essa porrinha). O tema do trabalho era "Gravidez na adolescência e temas relacionados". Abordei de tudo, desde a gravidez propriamente dita até a idéia de "ficar". Que o digam algumas amigas, várias delas fizeram uma bateria de perguntas, comigo sendo o entrevistador.

Daí, passo num desses acasos em que erramos de endereço e fui parar no Hospital do Servidor Público, na rua Vergueiro, Sampa. Comitiva de jornalistas ao redor do diretor do hospital, um camburão do serviço funerário da prefeituta e quatro caixões.

"Legal, quatro óbitos. E pelo visto, coisa importante."

Nessa hora me lembrei do que disse um amigo meu, jornalista: "Estudante tem prioridade". Peguei a carteira de estudante, saí furando fila de jornalista e dizendo: "Estudante, estudante, dá linçença, pesquisa escola, um passinho adiante..."

Descobri que um dos óbitos tinha a ver com aborto na adolescência. Fiz a ficha corrida da paciênte, junto do diretor, e pude complementar meu trabalho com um fato ocorrido e eu sabendo antes que qualquer outro jornalista, haja vista que o diretor deu prioridade à educação da pátria e todo esse papo.

Eu não sou um filho da mãe de sorte? Se eu tiver assim quando terminar a faculdade, podem ir comprando o "The New York Times" e o "The Guardian" (respectivamente, jornais muito importantes dos Estados Unidos e da Inglaterra) e procurar pelo meu nome: lá estarei eu, como diretor do jornal


(Presunsoso o garoto, viu... )

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