30 agosto 2004

Exú

(Tenho mesmo que falar dele?)

Bom, lá vou eu, já que não tenho muita escolha e assumi um compromisso com vocês, seus desocupados vagabundos...

But...

Exú, ou Legbará, ou Bará (e outra cacetada de nomes) é a entidade mais controvertida e uma das mais divertidas da Umbanda. Primeiro, por que de santo ele tem e não tem. Exú é mendigo e rei, homem ou mulher, amigo ou inimigo. Ele é o mais humano dos Orixás. Bebe, fuma, xinga, fala palavrões com a mesma intensidade com que ajuda as pessoas. Posso afirmar sem sombra nenhuma de dúvida que Exú faz o bem através do mal. Se quiser pedir algum favor para qualquer Exú, peça -eu não me comprometo com o que acontecer contigo mais tarde!

Exú pode ser briguento, beberrão e fanfarrão. Mas é o primeiro Orixá louvado, o mais importante deles -ele é quem gera o movimento de tudo, e faz a ponte espiritual que permite às outras entidades trabalharem na terra.

Nos planos astrais, Exú está nos mais inferiores. Não por que ele seja um espírito atrasado, ou por que seja um demônio ou espírito obsessor. Ele é, na realidade, um mensageiro. Para ele não existe o bem nem o mal -ele é ambos!

Muita coisa se é associada a Exú, pois normalmente, ele faz trabalhos malignos. Mas o faz apenas se alguém o pedir. Apesar disso, podemos considerar ele um excelente amigo (pasmem, quem é amigo de qualquer Exú dificilmente tem algum obstáculo muito duradouro na vida).

No sincronismo cristão à que a Umbanda foi submetida, Exú é tido como o Diabo. Nada mais errado. Exú age do jeito que age por que é parecido com os homens.

Se alguém tiver qualquer dúvida a respeito dessa entidade, me envia e-mail. Tem aí na tabela lateral, é só procurar.

Próximo post, o orixá mais conhecido de todos: O pai de metade dos filhos de santo do país, Ogum!

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