05 agosto 2004

Fugitivos -parte 3: O mestre das fugas

Após ter sido acusado de um roubo que não cometeu, Eddie, junto com Wingnut, fogem da cidade e se escondem numa floresta -tentando provar sua inocência. Após chegarem próximos à Cidade dos Elfos, Eddie é raptado.

Prosseguindo...

Eddie acorda completamente desnorteado. Quer dizer, mais do que já é. Olha para os lados. Ele se recordava de uma floresta. Por que, então, havia rochas ao seu redor?
-Onde estou?

Um ser, esbelto, de cabelos azulados e olhos idem, com orelhas pontudas, lhe responde:
-Você está aqui.
-Er... claro, mas onde é aqui?
-Ah, sim. Aqui é a Cidade dos Elfos. Já sei, você é o novo atacante das matas?
-Olha, eu não jogo futbol e nunca ataquei floresta nenhuma.
-Isso você vai ter que explicar pro Conselho. Normalmente, os Elfos trazem pra cá aqueles que tentam prejudicar as florestas.
-Eu já disse que não fiz isso! E o que diabos eu to fazendo aqui?
-Você é surdo? Eu disse que eles trazem pra cá quem tenta ferir alguma floresta.
-Tá. Se eu sou prisioneiro, cadê as celas, grades, essas coisas? Normalmente, é isso que se faz uma prisão!
-Ah, isso é coisa de humanos. Os Elfos colocam você numa área constrída só de pedras e mantém um guarda te vigiando.
-E você é o meu guarda?
-Lorien, meu caro.

O timbre da voz do guarda fez Ed se lembrar de Oculto.

Achou melhor ficar quieto.

Pouco depois, chega o Conselho e dá ordens a Lorien de levar Ed para a sala de julgamento. Ed achou melhor obedecer, pois estava em terreno completamente desconhecido e podia ter algum inimigo ali.
Começa o Julgamento.

-Prisioneiro! Você está sendo acusado de tentar incendiar a floresta! Diversos guardiões da mata viram isso. Algo a dizer?
-Só uma coisa: como foi que diabos eu fiz isso?
-Acendeu uma fogueira, criou bolas de luz e fez uso da floresta, sem pedir autorização aos Elfos.
-E como é que diabos eu ia saber que vocês são malucos e egoísas o bastante para terem algo exclusivo de vocês? Pensam que é só chegar nm lugar, ir ocupando ele e se dizendo donos daquilo? Ah, francamente!
-CALE-SE. Os guardiões afirmam que você é um demônio. Como criou fogo das mãos, sem usar mana local?
-Ah, isso? É magia Híbrida. Usa a própria energia mágica do praticante e...
-Essa sala não possui mana. Se o que diz é verdade, crie um muro de chamas!
-Fácil. Magia Híbrida é isso:

Juntou as mãos em forma de pulso, e num movimento de levantar os braços, fez uma parede de fogo surgir.

-GUARDAS! PRENDAM ESSE INFRATOR POR FAZER USO INDEVIDO DE MAGIA!
-Eu só estava...

Antes que pudesse terminar, Eddie fora jogado numa cela. Tentou fazer seu corpo entrar em chamas, explodir a grade ou alguma coisa do tipo. Nada. Se concentrou. Nada.

-Deve ser anti-mágica.
Bem, ele precisava bolar um plano e logo. Se o que a voz do guardião dele indicava, Oculto sobrevivera e iria logo ir atrás dele. Numa cela anti-mágica, seus poderes ficariam limitados. Mesmo por que, ele ainda não tinha domínio sobre seu lenço, como seu pai, e teria sérios apuros se precisasse de fazer uma arma com ele. Olhou para a lua nova, e pensou que se talvez, ainda fosse um ladrão, poderia...
"Ladrão" era a palavra que disparou um gatilho em sua mente.
"Se eu não posso usar fogo, por que não explodir isso?"

Como mantia seu kit de ferramentas longe de qualquer olho, retirou-o. Na verdade, ele estava todo camuflado. Pegou a pólvora, ajeitou na fechadura. Restava saber se tinha alguém ali perto. Mas ainda tinha seu anel, o mesmo que usara contra o dragão vermelho. Usaria ele para o caso de dar alguma coisa errada. Olhou bem a masmorra. Apenas uma cela, que era a dele. Logo a frente, uma escadaria, e um pequeno canto sombrio.

Acendeu a pólvora. Sabia que seria atinjido, mas não teve escolha. Quando a explosão deu seu barulho, ele se levantou e se jogou no canto escuro, usando seu lenço para camuflá-lo. Ouviu o barulho do carcereiro descendo. Três... dois... um...

Flash.

O carcereiro havia ficado cego por um raio luminoso. Levou uma pancada na cabeça, e desmaiou. Quando acodou, estava sem a roupa do corpo, amarrado, amordacado, com as pontas das orelhas viradas para trás e coladas. Isso na cela, agora reconstrída.

Eddie, difarçado com as roupas do carcereiro, saiu. Sabia que cedo ou tarde, Wingnut iria para lá, talvez procurando uma tavena ou ele mesmo. Como estava usando uma roupa militar, rumou para os portões da cidade.

Seria melhor esperar ali, pensou.

E, se existisse, iria receber um prêmio por um pensamento tão estúpido

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