13 junho 2004

Como é bom o gosto da vingança...

Vamos para com isso de reviver coisas e lembrar delas. Pra mim, passado é passado. Presente é presente, mas tem que ser coisa cara. E futuro... Bem, digamos que eu vivo um dia de cada vez.

Deve ser por isso que eu consigo ser tão feliz com tão pouca coisa. Já me disseram:

"Nada parece abalar seu humor. Quando ele está contente, é quase invunerável. Eu mesma nunca cheguei a ver ele triste ou nervoso. A única coisa que o estraga é essa bendita mania de quere parecer mal, quando na realidade, é um poço de compaixão e amor ao próximo. Principalmente se o próximo for eu"

Bom... Nada a declarar. Eu mesmo nunca fiz questão de me mostrar mal, apenas expresso a minha opinião. Se eu for ficar concordando com tudo o que falam, vão achar que não tenho cérebro. Se for ficar negando, que eu sou o Do Contra do pedaço.

Mudando de assunto
Teve uma semana em que fiquei sem escrever muita coisa no Trindade(v. Blig), por que estava trabalhando. Como muita gente já sabe, a empresa que eu trabalho presta serviço pro Metrô de SP. E eu tava, nessa semana, no prédio principal deles (Rua Augusta, perto da AV. Paulista, pra quem quiser saber). Cara, como eu fiquei com raiva desses caras na semana seguinte. Tive que adiar várias coisas, quebrei uma porrada de regras da empresa e gastei uma grana federal do meu bolso apenas para adiantar o serviços dos filhos da puta, e garantir a confiança que meu chefe tem em mim (eu acho).

Daí teve um dia em que eu precisava com a maior urgência de um veículo para fazer uma troca de peças. Que, álias, já tinha pedido desde que tinha ido lá na segunda-feira. Consegui com o seguinte:

-Ou você arruma esse veículo pra mim hoje, ou eu VOU ligar pro meu chefe pra ele falar contigo!

Era lá pelo meio dia. Dois minutos depois o responsável veio e disse pra mim:

-Lá pelas 15:00h o carro vai estar chegando aí.
-Na hora que chegar cê me avisa, por favor?
-Claro, pode deixar!

Magavilha!

Ainda tinha três horas ali, e como estavam eu e outro técnico lá, ficamos consertando umas peças.

Havia dado 15:30 e o cara me vêm:
-Porra, o carro tá a meia hora te esperando e você aí, parado? Por que é que me pediu?
-Cê devia ter avisado como tínhamos combinado, se lembra?

Bom, fiz o serviço. O carro voltou pro prédio, e eu voltei pra casa com a cara feliz da vida de ter terminado isso e adiantado o serviço.

No dia seguinte chega a reclamação:
-Pombas, ele pede as coisas e fica embaçando! Assim não dá!

Meu chefe ouviu as duas versões da história. Disse-me o seguinte:
-Então, qualquer coisa que precisar lá, ligue pra mim que me entendo com eles.

E nessa semana, fui lá. O Cara chegou todo contente:
-hou, Guilherme!
-Oi.

E fui fazer meu serviço. Como gosto de trabalhar rápido, havia terminado cedo. O Cara notou e veio falar comigo:
-Terminou rápido, hein? Nem precisou de algum favor meu!

OK, você pediu:
-Sabe como é, não gosto de ficar esperando ajuda alheia. Podem reclamar que fico parado depois de requisitar algo, entende?

Pela sua cara, a patada pegou bem embaixo, né?

-Poderia fazer um serviço? Tenho até a Requisição aqui...
-Fala com meu chefe.
-Mas é aqui perto!
-Fala com meu chefe.
-Mas é algo que você sabe!
-Eu tenho que repetir que é pra falar com meu chefe? Então fala com meu chefe!

Só depois da autorização do meu chefe é que fui fazer o serviço. Mas, como não deram endereço, fiquei até o expediente fechar pra poder descobrir onde era. O Cara chiou:
-Vai demorar pra fazer?
-Se me passarem os dados certos de onde fica isso, eu faço com todo o prazer.
-É a sala nove.
-E onde fica? Esse prédio inteiro é separado por sessões com nome.
-Você não sabe?
-Aonde tá no contrato com vocês que eu deveria saber? Ih, olha só: 17:00hs. Já deu meu expediente. Segunda-Feira meu chefe liga aqui. Tchau.

Como a vingança é boa

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