11 junho 2004

Dia de Nostalgia -parte 2

Daí, ficando vagabundo, lembrei me de outra parte da minha infância, durante a sétima série. Tinha um tal de Leandro na sala, que parece que sentia prazer em me provocar. Nunca tinha feito nada pra ele, o que me leva a pensar até hoje em como existem certos filhos-da-puta.

Para se terem uma idéia de como ele aprontava comigo, certa vez ele rasgou uma camiseta minha. E ainda jogou meia sala contra mim. Com o intuito de me derrubar, igual ao que eu tinha feito a o Gordinho. Resultado: dois pré-adolescentes com a perna quebrada e ele rindo da minha cara. Olhei bem sério pra ele. Tão sério que se poderia quebrar rochas com a pressão entre nós.

Dái o filho da puta me inventa de bolinar a Milena. E não foi só uma passada de mão. Na época, ela tinha (e ainda tem) um corpão. Do tipo que se colocássemos roupa colante, estouraríamos a roupa com a comissão de frente. E foi justo aí que o cara resolveu mexer. Simplesmente começou a apertar, cair de boca e similares. Detalhe: tinha outros dois segurando ela. E foi na hora do intervalo, dentro da sala.

Quando vi a cena, eu meio que enlouqueci. O cara, me vendo lá, ficou branco. Os outros também. Eu já tinha fama de justiceiro na escola, e não era a toa. Se a briga fosse por uma causa boa, eu entrava; se fosse pra vingar alguém, eu ajudadva. E aquela cena me deixou completamente louco, pois eu já estava afim dela. Um dos três saiu correndo; meu braço ficou na frente, na linha do pescoço; o outro, jogou uma carteira. Nem me lembro como eu desviei dela, mas quando me vi, estava em cima dele. E ele com o nariz quebrado e temporariamente cego. Desmaiou de dor.

Faltava o Leandro. O covardão saiu correndo pro pátio, gritando:"O Eddie quer me matar!",e chorando. Decidi que não valeria a pena. Minha amiga tava ali, no chão, machucada e traumatizada. Levei-a para diretoria, e ela não quis deletar o filho-da-mãe.
Já na saída, ela foi pra minha casa. E chorou lá o resto do dia. Jurei pra ela que iria protegê-la sempre (eu era cavalheiro na época, não?).E que iria vingar esse cara.

No dia seguinte, ele faltou na escola. E por mais uns quatro meses. Descobri que tinha mudado de bairro. E tempos depois, me contaram que ele tinha sido preso como estuprador.


Pena que nunca pude triscar nele. Teria sido menos doloroso pra ele. Disso eu garanto

Nenhum comentário:

Postar um comentário