10 julho 2004

Continuando de onde eu havia parado...

A vida de Eddie -parte qual mesmo?: a primeira Trindade.

É. O Oculto évisto, em ação, primeiramente aqui.

Depois de um longo e extenuante treinamento solitário, Eddie re-encontra seu mestre:
-Oi, chefs.
-Já treinou como te mandei?
-Eita bom humor hoje... já sim, por que?
-Por que o Oculto também.

E diga-se de passagem, o dito-cujo já havia se juntado aos dois. Seu mestre mandou os dois irem a cidade; ali, encontrariam um desafio para testar a habilidade de ambos.
Durante o caminho, o Oculto permanecia quieto -e não foi por falta de tentativa do Ed:
-Ei, cara, cê vai ficar nesse silêncio todo?
-...
-Tá, vai. Só por que você não foi com a minha cara e eu fiquei te provocando, isso não quer dizer que eu seja má pessoa. Vai, diz alguma coisa!
-Fique quieto.
-...

Deu para sentir o clima de amizade e fraternidade entre os dois?

Chegando à cidade, Eddie viu diversos cartazes pendurados, com a frase: "Procura-se vivo ou morto (preferencialmente, morto e sem pele). Recompensa boa. Deve-se trazer junto um cajado."
-Ai meu deus. To fu...
-Por que?
-Já viu o rosto deste cartaz?
-Hum... É melhor você se disfaçar. Ou pode ser que eu esteja precisando de dinheiro...

Desnecessário dizer, mas Eddie já havia improvisado um disfarçe. Lembrou-se de uma lenda que contavam na sua infância: a aldeia possuía um protetor, chamado Ninja. Esse protetor teria especial atenção por Eddie. Alguns, pensavam, inclusive, que o Ninja era pai do Eddie. Retornando, Eddie se disfarçou de Ninja, e disfarçou junto o cetro que havia junto com ele.

Na mesma noite, através de um mago vermelho que estava numa taverna, ficaram sabendo que iria ocorrer um campeonato de lutas, promovido pela realeza. O campeão teria direito à uma noite de conversas com a Princesa Milena (eu ainda vou matar o mestre que bolou isso tudo!). Eddie ficou maravilhado: poderia ganhar a mão da tão sonhada princesa! Já quanto ao Oculto, este tinha outros planos...
E o mago vermelho? Bom, esse daí disse que os participantes teriam que se hospedar em algum canto. Mas como ambos os dois não tinham um só tostão no bolso, o mago vermelho ofereceu um canto na Ordem. Os três foram para lá.
Lá chegando, antes de entrarem, Oculto estava desconfiado de tamanha generosidade do mago. Resolveu perguntar.
-Qual seu nome, rapaz?
-Wingnut, moço.
-Puta nome estranho... rapaz, se eu tivesse um nome desses, eu me matava.
-Se eu me chamasse "Eddie Lee", eu me matava.
-Escuta, cê vai entrar no campeonato?
-Vou, por que?
-Só para saber se vou ter a chance de te bater honestamente...

Depois de entrarem, foram dormir. Quer dizer, nenhum dos três conseguiu dormir. Eddie por ansiedade. Wingnut que por ser golem, não precisa dormir. E o Oculto, por que tinha interesses ocultos.
E estava praticando um desses interesses, agora. Aproveitando a lua cheia, riscou um pentagrama invertido em seu quarto e invocou um demônio. Já não tinha mais a necessidade de disfarçar a voz:
-Venha, meu servo!
-Sim, mestre?
-Consegui me aproximar do filho da Súcubus. Agora, para garantir a nossa ascenção no inferno como donos do lugar, vou precisar de um favor seu.
-Diga, Anung Un Rama!
-Nunca mais repita meu nome, seu idiota. Não posso usar meus poderes de forma tão indiscreta, afinal, os anjos podem não gostar. Principalmente o pai dele. Quando eu der o sinal, você entra em ação, rouba o poder dele e o manda direto ao plano do Morte, certo?
-Certo.

Quando Oculto terminou, foi dormir (seu corpo mortal precisava de repouso). Assim, estranhamente, caiu em profundo sono. Logo depois, surgiu um corpo de pedra, próximo ao pentagrama. Esse corpo começou a se desfazer, e pouco depois surgiu Wingnut, desesperado e sem saber o que fazer...

Conseguiria Oculto realizar su plano? E o Wingnunt, por que resolveu ajudar a dois estranhos? E o Eddie, como ficará? Morto? A resposta disse saberemos apenas no próximo capítulo

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