16 julho 2004

A Vida de Eddie -onde diabos estou?

Recapitulando o último capítulo, Eddie havia sido morto após a luta contra o Oculto. Bem, morto mesmo, isso é discutível. Afinal, não havia o corpo.

Vamos agora ao local em que o Eddie se encontra.

-Ai... onde é que estou? Que raio de fila é essa?

Um esqueleto, atrás de um balcão, gritou:
-Ei, você! Vai ficar parado? Eu preciso saber do seu nome para registrá-lo aqui!
-Por que?
-O saco. É sempre assim. Toda vez que a pessoa sai da carne, fica confusa.
-Como assim, "sai da carne"? Quer dizer que eu morri?
-Parece?
-Mas como se eu não me lembro?
-Isso já não é problema meu.
-Eu não vou entrar!
-Vai sim!
-Me obriga!
-Eu vou...
-Vai o que?
-Chamar o patrão. Peraí. Ei chefe, pode vir aqui? Tem um encrenqueiro.
-Quem você chamou?
-O patrão!
-E quem é o "patrão"?
-eu

A voz tinha um timbre que lembrava algo parecido com um enterro.

-Quem é você?
-Aquele que basta estar vivo para encontrar
-Morte?
-Sim
-Mas o que diabos eu estou fazendo aqui? Eu não morri!
-Prove
-olha pra mim, cacete! Vê se eu pareço um morto!
-Pra mim, todos são iguais

O que Morte queria mesmo era ter Ed na sua fileira de guerreiros particulares. Algo como um comandante.

-Mas, já que diz que não está morto, o que faz aqui?
-Diabos, se eu não me lembro, como é que eu vou responder?
-Mestre, não seria melhor passar seu manto nele? Se ele for vivo, vai sobreviver. Se estiver morto mesmo...

Morte sorriu. Sabia qual era o destino do rapaz na sua frente. Sabia o que iria acontecer. Sabia que iria dar mais poder ao híbrido. Sabia até quem eram seus pais. Sabia de tudo que o garoto era e poderia ser.

Mesmo sabendo o tamanho da encrenca, resolveu ajudá-lo. Com sua foice, rasgou dois pedaços de sua mortalha. Elas se esticaram, encontaram na pele de Eddie e sumiram.

-Só isso? Passei no teste? Posso voltar pro meu plano de existência?
-Ainda não. Está vendo aquele osso ali na frente? Eu quero que você o traga. Sem sair daqui
-Mas eu não tenho telecinésia!
-Basta pensar.

Eddie se esforçou. Pensou em algo para trazer aquele osso. Nada
Pensou de novo. Dessa vez, um braço surgiu em sua mente. Quando abriu os olhos, o osso estava em suas mãos.

-Como fiz isso?
-Isso foi o simbionte. Veio da minha mortalha. Você vai ficar aqui, e só vai sair quando tiver terminado com o treinamento.
-Mas, se estou vivo, como vai ficar a minha vida na terra?
-Deixe comigo.

Eddie percebeu que não tinha escolha. Fugiria para onde? Restava apenas esperar e confiar no esqueletão

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